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Preso por chacina em Unaí é investigado por propina a ex-gerente do BB

A casa e as empresas do empresário foram alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Coban, deflagrada pela Polícia Civil do DF


TV Globo/ Reprodução
Empresas ligadas a Hugo Alves Pimenta (foto em destaque), preso por ser um dos mandantes da chacina da Unaí, pagou milhões de reais a um ex-gerente do Banco do Brasil em troca de benefícios, apurou a coluna.

A casa e as empresas do empresário foram alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Coban, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta quarta-feira (26/6).

Investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão à Corrupção vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCor/Decor) apontam que o servidor público, se valendo da qualidade do cargo gerencial que ocupava, cometeu algumas irregularidades, sendo investigado em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que culminou em sua demissão.

A investigação teve início após comunicação realizada pelo Banco do Brasil, que verificou no suspeita de prática de crimes de falsificação de documento, uso de documento falso e violação de sigilo funcional.

Com o avançar da apuração, surgiram indícios de crimes mais graves no sentido que o servidor recebeu quantia milionária com a promessa de contratar/credenciar empresa para intermediar operações de Cédula de Crédito Rural (CPR), bem como favorecer correspondentes bancários já credenciados.

Segundo a PCDF, os recursos eram recebidos por intermédio de empresa em nome do ex-servidor que aparenta ser de fachada, com indicativo de não exercer, de fato, nenhuma atividade.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal, na cidade de Unaí (MG) e em Alto Araguaia (MT), na sede das empresas, nas residências dos sócios e do ex-servidor público investigado.

O suspeito é investigados pela possível prática do crime de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsificação de documento particular, uso de documento falso e violação de sigilo funcional. Se condenado as penas podem passar de 30 anos de prisão.

Prisão


Atualmente, Hugo Alves Pimenta está preso na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, em Mato Grosso do Sul. A unidade é dominada por criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV).

Pimenta foi preso pela Polícia Federal em fevereiro deste ano. Ele estava em hotel na cidade de Campo Grande (MS). O empresário estava com um mandado de prisão em aberto e apresentou um passaporte falso. Ele estava foragido desde setembro de 2023, quando foi condenado a 96 anos de prisão.

Chacina de Unaí


O dia 28 de janeiro foi instituído o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho e Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo em homenagem aos auditores Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva. Eles foram mortos em 2004 quando investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas na cidade mineira de Unaí. Na chacina, também morreu o motorista do veículo Ailton Pereira de Oliveira.

Em 2013, os executores do crime foram condenados por homicídio triplamente qualificado. Rogério Alan Rocha Rios foi condenado a 94 anos de prisão, Erinaldo de Vasconcelos Silva, a 76 anos de reclusão e William Gomes de Miranda, a 56 anos de prisão.

Em outubro de 2015, a Justiça Federal de Minas Gerais condenou Antério Mânica, Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro. Os condenados receberam penas próximas a 100 anos de reclusão em regime fechado. Hugo Alves Pimenta, na condição de réu delator, teve sua pena atenuada.

Com informações do Metrópoles - Mirelle Pinheiro

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