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Em congresso mundial de medicina, governador destaca desafios e investimento anual de R$ 12 bilhões na Saúde

Ibaneis Rocha participou da abertura da 16ª edição da Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde e falou sobre a construção de hospitais, UPAs e a contratação de anestesiologistas


Renato Alves/Agência Brasília
O governador Ibaneis Rocha traçou um breve panorama sobre os investimentos na saúde e a capacidade do Distrito Federal de receber grandes eventos, durante a 16ª edição da Conferência Mundial de Bioética, Ética Médica e Direito da Saúde, nesta quarta-feira (24).

Sediado em Brasília, o evento organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) ocorre de forma inédita na América Latina, até sexta-feira (26). O encontro reuniu palestrantes para debates sobre a ciência, bioética, ética médica, direito da saúde e áreas relacionadas, como integridade científica, inteligência artificial e meio ambiente, incluindo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Em sua fala, Ibaneis Rocha destacou o potencial do DF em receber eventos deste porte, responsável por atrair profissionais de diferentes regiões e nacionalidades, e também listou desafios e ações que o governo tomou na área da Saúde.

“Nós colocamos toda a estrutura do GDF à disposição do Conselho Federal de Medicina para garantir que a realização desse evento marcasse o DF pela sua postura de capital da República, com capacidade organizacional para receber os grandes eventos mundiais. Nos alegra bastante ver a participação não só dos médicos dos estados brasileiros, mas também a participação internacional desse grande congresso que, certamente, trará muitos avanços na questão da bioética em âmbito mundial”, disse Ibaneis para, em seguida, lembrar que Brasília foi eleita a cidade com mais qualidade de vida no país, segundo o levantamento IPS Brasil 2024.

O chefe do Executivo também falou sobre a construção de hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e a contratação de profissionais, num esforço para deixar o atendimento à população na saúde cada vez melhor.

“Estamos avançando com a construção de novas unidades hospitalares, com a contratação de mais profissionais para a saúde, investimentos que chegam aqui no Distrito Federal na ordem de R$ 12 bilhões por ano, e conseguimos vencer todos os desafios. Confiamos muito com o apoio do Conselho Federal de Medicina, do Conselho Regional, de todos os dirigentes do Conselho Federal para nos orientar também nas demandas e no atendimento ao público da nossa capital”, disse.

O GDF investiu mais de R$ 48,4 bilhões nos últimos cinco anos na saúde pública da capital. Em 2019, foram empenhados R$ 7,66 bilhões, enquanto em 2023 o valor subiu para R$ 12,45 bilhões, um aumento de 62,5% nos recursos destinados ao setor.

Ibaneis também lembrou do crescimento da população do DF e que a capital, que também atende o Entorno, ficou 16 anos sem construção de um hospital regional. Ele ainda pontuou outras ações que estão sendo adotadas.

“Na questão da anestesia, nós conseguimos contratar as cooperativas. Serão quase mil cirurgias feitas num prazo de 22 dias, e a gente espera até o final do ano ter uma redução muito grande na fila das cirurgias eletivas. A gente espera também o mais rápido possível liberar a construção de mais nove unidades de pronto atendimento. Temos aí os hospitais que foram lançados, em fase de projetos, e daqui a pouco começam as obras. Serão cinco com o Hospital do Gama, e nós temos agora o relançamento do Hospital do Câncer, que foi paralisado em virtude da quebra da empresa que havia ganhado. Então, a gente vem fazendo investimento desde o primeiro dia de governo nosso, em 2019, para tentar melhorar a saúde do Distrito Federal. Esse talvez seja o maior desafio hoje nosso”, finalizou.

Já o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, agradeceu o apoio do GDF para a realização do evento de forma inédita no Brasil. “O governador nos proporcionou este grande evento, colocando todo o Estado à disposição do Conselho Federal de Medicina, com a Secretaria de Turismo, os seus secretários e o Banco de Brasília. O Conselho Federal de Medicina constrói um ponto para o diálogo, um ponto para uma medicina de qualidade, e é com grande honra que represento o CFM neste evento que está acontecendo pela primeira vez na América do Sul”, elogiou.

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília

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