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Em busca do sonho olímpico, crianças e jovens se dedicam ao esporte no DF

Atletas mirins contam ao Correio suas rotinas de treinos e como pretendem, no futuro, alcançar o objetivo de representar o Brasil. Sua maior inspiração, neste momento, são os brasileiros que se destacam em Paris


Luis Fellype Rodrigues/CB
Se a época de Jogos Olímpicos por si só desperta sonhos naqueles que praticam esportes, o destaque dos brasileiros em Paris vem estimulando e inspirando ainda mais. O Correio conversou com crianças,  pequenos atletas que, embora com pouca idade, têm o firme objetivo de representar o país em eventos esportivos internacionais, a começar pelas Olímpiadas.

Acordar, tomar café, estudar e treinar no Centro Olímpico da Estrutural é como Mariana Vitória de Oliveira, 12 anos, leva a vida após começar a praticar ginástica acrobática, há seis anos. "Conheci o esporte por incentivo da minha irmã, que sempre me convidava e perguntava se eu gostaria de fazer o teste. Fiz, passei e nunca mais parei. Eu me arrependo de não ter vindo antes", conta. O esporte tem tido um papel fundamental no desenvolvimento da adolescente, mas, sem o apoio da família, não seria possível seguir nesse caminho. "Eles me trazem aqui durante toda a semana. Quando estou sem forças para continuar, recebo palavras de motivação para nunca desistir", detalha a adolescente.

Além da ajuda dos parentes, Mariana exalta o papel das amigas de treino, Lorrane, Isabela, Thais, Lívia e Lara. "Elas servem como inspiração. Sempre ouço a voz delas: 'Você precisa ficar em primeiro lugar'. Em todas as competições das quais participo, penso nisso", diz. E foi exatamente isso que a ginasta ouviu em outubro do ano passado, quando competiu pela primeira vez fora de Brasília, no Campeonato Brasileiro de Ginástica Acrobática, em São Paulo, categoria iniciante. "Fiquei em terceiro lugar e deixei todos lá em casa orgulhosos. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, jamais vou esquecer", reforça.

Assistir aos Jogos Olímpicos, ver o desempenho e a dedicação da ginasta Flávia Saraiva, foi um dos pontos altos desta edição, para Mariana. "Ela caiu, machucou o rosto e, mesmo assim, seguiu em frente. Fiquei muito feliz com o que ela fez. Isso sem contar que ela ganhou uma medalha de bronze histórica", observa, dizendo que sonha, um dia, fazer igual. "Pretendo representar minha nação em competições internacionais. É algo que sempre almejei e me dedico todos os dias", finaliza.

Exemplo


"A Bia Mesquita, hoje, é uma inspiração para todos os judocas", comenta Maria Luiza Rangel, 13 anos, que começou no judô muito nova, em uma academia, com apenas 2 anos. Mais tarde, entrou para a equipe da escola. "Nunca gostei de balé, que era oferecido para as meninas na escola, e nas artes marciais só tinha meninos, então resolvi ser a única da turma", explica a jovem, que segue a preparação em uma academia no Núcleo Bandeirante.

Maria Luiza é campeã no Distrito Federal, categoria sub-15, e treina três vezes por semana. O sonho dela é ganhar o mundo. "Isso é o que eu almejo, chegar a uma Olimpíada", destaca. "Foi muito importante e animador acompanhar o desempenho dos brasileiros nesses Jogos Olímpicos", completa.

O mesmo desejo tem Manuela Melo, 10, que também começou no tatame aos 2 anos. A menina pretende representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e está feliz com o desempenho do país em Paris. "Gostei muito. Além da Bia, foi ótimo ver outros brasileiros ganhando medalhas", comemora. Agora, ela é fã de carteirinha de Bia Mesquita. "Vibrei com a medalha que ela conquistou, isso serve de inspiração para muitas crianças, assim como eu", observa.

Motivação


Praticantes de ginástica artística, Henrique Monteiro, 11, e Enzo Medeiros, 12, tiveram motivações diferentes para começar na ginástica artística. Amigos, eles treinam no Centro de Ensino Médio (CEM) Setor Leste, na Asa Sul.

"Eu não parava quieto, então, meus pais resolveram me colocar em um local com vários esportes para gastar energia, como parkour, capoeira e ginástica. Eu me dei bem na ginástica e segui", relembra Henrique. "Eu quero ir para as Olimpíadas, apesar de ainda ser muito novo, tenho esse objetivo, e só de ver eventos como este, fico encantado", sinaliza Henrique, que aderiu à modalidade há três anos.

Enzo recorda o momento em  que se apaixonou por esse esporte, há seis anos. "Estava junto com meu pai quando presenciei as pessoas fazendo as acrobacias no CEM Setor Leste e achei o máximo", comenta, de olho em competições no exterior. "Além das Olimpíadas, tenho o sonho de disputar um Pan-Americano", confidencia o adolescente. 

Com informações do Correio Braziliense - Luis Fellype Rodrigues, Alessandro de Oliveira

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