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O incidente não danificou a aeronave, da British Airways. O aeroporto registrou 79 alterações de voos durante o temporal dessa sexta (24/1)
Em nota, a concessionária GRU Airport informou que o incidente não resultou em danos significativos à aeronave, um Airbus A350-1000. “A manutenção da companhia aérea foi prontamente acionada e iniciou as inspeções preventivas”, informou.
Segundo o aeroporto, o incidente ocorreu devido à altura da empenagem (parte traseira) da aeronave, que pode aumentar a probabilidade de incidência durante tempestades elétricas. No entanto, eventos como este são raros, e aeronaves modernas são projetadas para suportar descargas elétricas de forma segura.
Veja:
Em razão das condições meteorológicas adversas, 24 voos foram alternados de GRU para outros aeroportos, 22 retornaram ao aeroporto e 15 pousos e 18 decolagens foram cancelados devido às dificuldades causadas pelas condições climáticas. As chuvas e ventos fortes impactaram a chegada de tripulantes, o que afetou o início das operações de algumas companhias aéreas.
O Aeroporto Internacional de São Paulo afirma que adota protocolos rigorosos de segurança e proteção contra raios, como a transmissão de alertas sobre condições climáticas adversas por meio das fonias operacionais, o afastamento das escadas das aeronaves, o uso de calços para evitar movimentações indesejadas, a interrupção do abastecimento de aeronaves durante tempestades, além de pontos de aterramento nas posições das aeronaves e sistemas de proteção contra descargas elétricas (SPDA).
“A GRU Airport reforça seu compromisso com a segurança e a eficiência operacional, trabalhando para minimizar o impacto das condições meteorológicas e garantir a integridade de passageiros, tripulantes e colaboradores”, finaliza a nota.
Temporal
A cidade foi castigada por alagamentos, desabamentos, desespero e falta de energia na sexta. Na Vila Madalena, na zona oeste da cidade, foi registrada a única morte contabilizada pela Defesa Civil que foi provocada pela tempestade na cidade.
O artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, 73 anos, ficou preso em casa e morreu afogado durante o temporal na Rua Belmiro Braga, perto do Beco do Batman. O corpo dele foi encontrado somente no sábado, nos fundos da casa onde vivia.
Ainda no bairro, a cena mais impactante foi registrada na Rua Romeu Perrotti, onde a enxurrada provocada pela chuva derrubou o muro de um prédio, arrastou carros e atingiu pelo menos dez casas.
Com a força da água, um dos carros quebrou o portão da garagem e invadiu a janela de uma casa. A sequência dos acontecimentos foi registrada por uma câmera de segurança (assista abaixo).
Esse foi o terceiro maior volume de chuva dos últimos 64 anos, segundo dados da estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Mirante de Santana, na zona norte da capital. Ou seja, o temporal é o terceiro maior desde o início da série histórica, em 1961.
A Defesa Civil do Estado ainda ressalta que, dos 125,4 mm registrados nessa sexta, o acumulado de 82 mm entre 15h e 16h foi o maior volume computado em apenas 1 hora desde 25 de julho de 2006.
Para estabelecer ainda mais um recorde, num intervalo de três horas, choveu quase metade do previsto para todo o mês de janeiro. Dos 257,3 mm de chuva esperados para o mês, 125 mm (48,5%) foram registrados nessa sexta.
Segundo os bombeiros, foram 126 chamados de árvores caídas, 219 referentes a enchentes, inundações e alagamentos, outros 14 chamados sobre desmoronamentos, desabamentos e soterramentos.
Na zona norte, na estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do metrô, os passageiros foram obrigados a se sentar sobre os corrimões para não serem levados pela enxurrada, que inundou por completo o local. Também houve registro de alagamento na Linha 7-Rubi da CPTM.
Por Bruna Sales - Metrópoles
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